sábado, 31 de maio de 2014

TEMPOS RUINS


Em tempos ruins
Que os ventos soprem...
Afastando nuvens, acalmando marés;
Mas que não levem meu cobertor, 
Abrigo único, refúgio da dor -

Em tempos ruins,
De rotas perdidas e 
Bússolas distraídas
Aguarda no convés, 
a  sorte, o revés;
o derivar d'embarcação
A  extrema unção

(Taciana Valença)


domingo, 18 de maio de 2014

Qudadrado BRANCO


Apenas um quadrado,
Branco,
Com quatro cantos
Onde possa encostar,
Descansar,
Mas é apenas um quadrado,
Nem paredes, nem encosto...
Sento; entre as pernas
Os braços seguram o rosto;
Fixos no branco, vagando vazios,
Firmes e frios,
Presa num quadrado branco,
Num redondo mundo, solto.
E na imensidão ilimitada,
Sou um nada.

(Taciana Valença)

EU MORO NUM VERSO (TACIANA VALENÇA)