sexta-feira, 29 de maio de 2015

## MIGRANDO ## MIGRATING




MIGRANDO
Tenho andado um tanto triste,
Assim, a contragosto;
Sem superfície, feito rolha de poço,
Riso de canto de boca
Na observância do que ninguém observa,
Do malandar da carruagem que balança todo mundo,
Da cretinice enfeitada de vaidades vis...
Ah, se soubessem o que vejo em detalhes
Ali, quietinha, minha plateia
Esforçados talvez sejam os artistas,
Mas tão repetitivos e infantis!
Quem dera não observasse tanto assim,
Aqui, quietinha, momento eu - 
Nada além da escuridão,
Nem sons, nem multidão...
Hora da migração?
Um escafandro apenas,
Por que tem horas assim
De querer-se apenas respirar...

(Taciana Valença)
MIGRATING
I've been a sad end,
So , grudgingly ;
No surface , well done stopper ,
Laughing mouth corner
In observance than anyone observes ,
Malandar the carriage rocking everyone ,
The decked idiocy vanities vis ...
Oh, if they knew what I see in detail
There, quietly , my audience
Hardworking perhaps the artists,
But as repetitive and children !
I wish not observe much,
Here , quietly , I now -
Nothing but darkness ,
Or sounds, or crowd ...
Migration time ?
A diving only ,
Why have so hours
Wanting to just breathe ...
( Taciana Valencia )

domingo, 24 de maio de 2015

APENAS INDO...COM O VENTO / Just going with the wind ...






Imbróglio, confesso,
Corolário dos acúmulos de mim –
Viagens sob um azul,
Cujas nuvens d’ávidas formas me conduzem -
Céus! Caberão em ti tantos eus?
Que inferno tanto frio acobertará
Dos invernos vividos a esmo?
No ermo d’uma superpovoada solidão?
Corda bamba dos titubeados lítotes,
Num desafirmo de pontas de pés,
Como que descalços sob frágeis verdades –
D’um abalo que não se confirma,
Vida cria de aquário!


(Taciana Valença)



Imbroglio , I confess,
Corollary of accumulations of me -
Travel under a blue ,
Whose clouds d' greedy ways lead me -
Heavens! Will fit in you so many selves ?
In the desert d' one overcrowded loneliness?
In that hell so cold fit Winters lived aimlessly ?
How do bare in fragile truths -
Tightrope of doubthful A denial of foot ends
D' a concussion that is not confirmed ,
D' a life in aquarium is created !
(Taciana Valença)

quinta-feira, 7 de maio de 2015

RETRATO D'UM POEMA / PORTRAIT D'A POEM



Que cumpra-se o poema
Sem prazo nem hora
Apenas por agora
Sem padecentes partos
Nem ritos, nem rimas –
Puro, simplesmente
Na imaturidade de apenas ser,
Não salgando com dramas,
Nem adoçando demais
Enjoando na melosidade romântica
Puncionando apenas,
Tirando das entranhas,
Purgando e exaurindo
Parte de sentimentos infindos
No infinito d’um ser que interroga e exclama
Dia após dia,
Alegrias e dramas

(Taciana Valença)



 Portrait d'a poem

Let it be that the poem
No term or time
As for now
No padecentes births
Nor rites, nor rhymes -
Pure, just
Immaturity of just being,
Does not salting with dramas,
Or other sweetening
Getting sick in the romantic melosidade
Puncturing only
Taking bowel,
Purging and exhausting
Part of endless feelings
In the infinite d'a being who interrogates and exclaims
Day after day,
Joys and dramas

(Taciana Valença)



terça-feira, 5 de maio de 2015

A PRAÇA / A SQUARE




A PRAÇA
Andei por ali,
Assim, sem pressa...
Observei um bocadinho de mim,
Que por ali ficou,
Andando ainda trôpega;
Segura nas mãos dos meus pais...
Algumas valentes cigarras pude ainda escutar,
Um tantinho de vitórias-régias
Ainda fazem jus ao nome –
Nos bancos, figuras isoladas,
Ou tentando isolamentos,
Ao redor de tudo isso as buzinas –
Desafiando seres antipáticos,
Naturebas deslocados,
Poetas sem casas nem nomes,
Codinomes d’algumas coisas bem longe,
Como o infinito onde habitam,
Onde morrem e ressuscitam em si mesmos,
Na magia de se tornarem invisíveis
Aos olhos dos que os acham risíveis,
Pseudo-intelectuais que pensam de tudo saber

Ignorantes de marmita,
De falsos saberes,
Nem mesmo cabem em meu mundo
Que sendo bem maior
Cabe magicamente nessa praça.
Só de pirraça!

(Taciana Valença)


A SQUARE

I walked around,
Thus, unhurried ...
I watched a little of me,
By that there was,
Walking still shaky;
Safe in the hands of my parents ...
Some brave cicadas could hear,
A tiny bit of water lilies
Still live up to the name -
The banks, isolated figures,
Or trying to insulation,
Around all the horns -
Challenging unfriendly beings,
Naturebas displaced,
Poets no homes or names,
Codenames d'few things far away,
As the infinite inhabited,
Where they die and resurrect themselves,
In becoming invisible magic
In the eyes of all who try to understand,
Ignorant of pot,
Who think they know everything -
My world is bigger
And it is a square,
Just prank!

(Taciana Valença)

EU MORO NUM VERSO (TACIANA VALENÇA)