segunda-feira, 24 de março de 2014

ENCONTRO



 
Mansão de quartos tantos
Onde vaga a solidão
Nas mãos, cristal coração
Trincado pelos escorregões
Certa falta de equilíbrio,
Órgão tão sensível
Para se confiar a um general
Tão distraído pela tropa!
Objeto sobposto
Quase sempre a contragosto
Sob marejado olhar
Em dias de verborreias tão vazias
Mas a lua, brilhante e pura
Ilumina lugar e encontro
E o que há de tonto,
Mãos em roda se fazem
E por alguns instantes
O general se aposenta,
O pulsar reaparece,
Em ombros e confidências
Goles de paciência brindam à luta
Numa velada prece ao mundo
Que no fundo, no fundo
Nem mesmo sabemos se nos merece
 
 (Taciana Valença)

TEMPO

 
Chega um momento em que percebemos que não temos mais tempo
para quem apenas nos corrói o tempo (Taciana Valença)
 
 

EU MORO NUM VERSO (TACIANA VALENÇA)