sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

ALAGADO




Alagado

Lago olhar
Ondas paradas -
Vaguejar
Ir e vir
Num buscar constante
Tonto, tonto...
Lá no fundo, espelho 
Menina, calada
Indecifráveis medos
Espadas se cruzam -
Tilintando entre o bem e o mal
O mal a rondar calçadas
Vidas desgovernadas,
O bem acelerando coração,
O choro da menina
Não há de ser em vão...
Olhar de lago
Alagado...

(Taciana Valença)

AREIA

Areia que o vento soprou da tua boca 
caiu nos meus ouvidos
Revelou segredos
Como o degelo dos teus invernos
E a quentura dos teus infernos
Cujas brasas permanecem 
Alaranjadas
Queimando suave
No céu da boca de sorvete
Derretendo doce e ardida
Areia...
Terna, cúmplice,
Maldita!

(Taciana Valença)

EU MORO NUM VERSO (TACIANA VALENÇA)