domingo, 18 de outubro de 2015

Passa com Vinho


Passa com vinho
Em festa se abriu,
Champanhe novidades,
Bocas e sorrisos,
Longa calda em verdades,
Olhos brilhos e brios -
Noiva de bolo
Passa com vinho -
Passa..passa...
Passou


(Taciana Valença)

sábado, 17 de outubro de 2015

Marcando a Linha de Risco


Dia de coxia,
Escuridão cotidiana
D'onde nada mais viria -
Um desejar tão pouco
Tão vazio,
Tão oco,
Porém de mim
Tanto a doar
Nenhuma espera
Ao fechar do dia,
E eu nem pedi mais nada,
Dada a ordem por encerrada
Mas me veio café,
Amigos e poesia
Numa Linha de Risco

(Taciana Valença)

Poesia feita no final do Lançamento do Livro Linha de Risco, dos poetas Frederico Spencer e Natanael Lima, na Cultura Nordestina.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

SOB O OLHAR DO POETA


Imenso apresentava-se o jardim,
Orvalhadas flores tímidas, não mais...
Lá fora, poeta distraído, 
Um tanto apressado,
Tímido lilás suado...
Foi então que sugado, fascinado,
D' encanto, simples assim
Contaminado...
Trêmulas as mãos correm ao bolso
Olhos desnudam o que veem, 
Focado, absorto
Detido ao primeiro plano
Registra então, imortaliza
Ferros d'um portão ignorados,
Segundo plano não são para poetas
Tão pouco grades,
Casas sem portas
Habitat de poetas...

(Taciana Valença)

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

ELUCIDADO



Presa em fina corda ao teto
Aguardava a revanche
Vez da hora de sanar tal euforia
Que ria, ria e ria  de si mesma
Num estardalhaço incômodo
Pelos cômodos incomodados de felicidade
Ah...que aguarde a hora da verdade!
Q'então livre e solta gargalharei
Pendurada em seu pescoço,
Roendo como a um osso,
Sentirá então o peso 
da Lucidez


(Taciana Valença)

DESAVISADOS


Sobre si
O manto da penumbra,
Céu nevoado -
Mundo pesado...
Muitas estradas,
Sem ter para onde ir 
Pesados dias curvam ombros
Mundo fechado
Aos desavisados

(Taciana Valença)


EU MORO NUM VERSO (TACIANA VALENÇA)