domingo, 4 de agosto de 2013

ESTRANHAMENTO

 
 
Como oferenda,
Pus-me, diante da imensidão
Aguardando a lua,
Cabisbaixa e apreensiva.
Ponteiros seguindo,
 sem dó,
nada no horizonte...
Espera a pungir-me
Além dos silvos
além das ondas...
Ela não nasceu
Cheia, média ou minguando
Sumiu, diante da minha espera
A última vez que a vi
Tarde já era
Deveria estar no alto
Mas estava ali,
Parte no mar,
Parte no horizonte...
Estranhei
Acompanhei
Mas ficou ali, parada
E hoje ela não veio
Só haveria eu e ela
além do mar e dos céus
Nem mesmo tristeza
Abrandou tal ato punitivo
Eu vou ficar aqui,
Quem sabe volte
Imensa e brilhante
E que meus olhos daqui levante
 
(Taciaa Valença)
 
 
 
 
 


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EU MORO NUM VERSO (TACIANA VALENÇA)