domingo, 21 de junho de 2015

À DERIVA




Pergunta-me por onde andei -
E nem mesmo sei desses lugares  de mim,
Pés descalços, livre enfim
Servindo marafo a Exu,
Tomando vinho com pomba gira
Noites frias de balangandãs
Protegida por amuletos
Dormindo em colchões  de mistérios
Escondida em conventos
Onde trancam sentimentos,
No balançar das cadeiras dos velhos sobrados,
Ou  largada num banco de praça,
Numa frescura cheia de vazios
Um vento friiioooo....
Inquietando a costela,
Correndo a acender as velas,
Q’esquentam como um abraço...
Do céu alguém me jogou um laço
Para me debruçar sobre o mar,
Ah...meu eterno confidente,
Frio na barriga ao ver tua imensidão,
Manchado com tinta de lua
Onde um barco dorme em solidão
Perguntas por onde andei

Foi no rastro do barco sem direção

Taciana Valença

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EU MORO NUM VERSO (TACIANA VALENÇA)