quarta-feira, 26 de outubro de 2016
CAMINHAR
De tudo que há
O importante
O que fica,
É a trilha,
E os parceiros dessa vida.
(Taciana Valença)
Foto: Silvia Schimidt
terça-feira, 25 de outubro de 2016
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
ACENO
Muitas vezes o aceno
É esse cansaço
Que diz em breve sussurro
Que tá na hora
De ir embora
(Taciana Valença)
Psilocibinamente
Foi-se a madrugada
Tentáculos subversivos
Buscando deslizes d'alma insone
Sugando, laçando,
Psilocibinamente perigosa
Viagem em órbita minha
Madrugada ensolarada,
Enclausurada,
Depurando...
Juntando cinzas
Abrasadas,
Redemoinho de várias
E eram tantas de mim
Que não me achei
E o longo ponteiro
Enfim
Debruçava em seis
(Taciana Valença)
quarta-feira, 5 de outubro de 2016
FESTA
Trocaram as músicas, as vestes, os convidados...
Calaram as bocas, proibiram alegrias
Estavam todos cercados
Calaram as bocas, proibiram alegrias
Estavam todos cercados
O sorriso lindo da menina
desfez-se em tardes infindas
E a vontade de ir
Engasgada na garganta
Se encolhe, amofina...
desfez-se em tardes infindas
E a vontade de ir
Engasgada na garganta
Se encolhe, amofina...
Dar um passo,
Seguir
Por um lugar
Não mais o Aqui
Seguir
Por um lugar
Não mais o Aqui
(Taciana Valença)
SABER
Dentre bilhões o saberia
Quando solto, quando escondido
Formato, tipo, jeito, cheiro,
Revelado, iludido,
Buscando caminhos
Dando voltas ao mundo
Em segundos...
Dentre bilhões o saber
Carrossel de emoções
Trem descarrilado
Mundo ilusões
Pele fria sob cobertas
Ninho que me avizinho
Sem segredos
Desenhos no céu,
Chamas do fogo,
Colar d'água
Arrebentando no pescoço
Dentre bilhões o saberia
Em cada palavra
(Taciana Valença)
segunda-feira, 3 de outubro de 2016
AÇOITE
Escorre rubro
Sobre os versos
Que inventei
Palavras ciladas
Esperneiam
Morrem sufocadas
É lobo uivando
Na calada da noite
Espreitando passos
Preparando açoite
(Taciana Valença)
domingo, 2 de outubro de 2016
SEDE DO QUE NÃO CEDE
Caminho
Nessa sede
Que não cede
Barro
Onde sol se reflete,
Caminho
Buscando mãos
Que a mim não chegam
Sem copo d'água
Caminho
À míngua
Sedenta língua
Um travo na garganta
Caminho
Ainda que os caminhos
Sejam pontas de lança
(Taciana Valença)
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