
quinta-feira, 3 de julho de 2014
Homenagem ao teu dia
És alma que me foges a todo momento
Nas alegrias tão boba
Nas tristezas um só lamento
Insistir em ti
... É como jogar
Oferendas ao mar
Que engole cada palavra
Ou quem sabe
Carrega para as profundezas
Para a calma do desfrute
Ou mesmo devolve
Cuspindo à beira
Devolvendo indignada
Uma enxurrada de besteiras
Mas perdoa-me
Pelas faltas de acertos
Por esquecer palavras
Nos cantos dos becos
Por às vezes ser este oco
Como mato cortado por um louco
Tú que tanto és pra mim
Pelo que te sou tão pouco
Taciana ValençaÉs alma que me foges a todo momento
Nas alegrias tão boba
Nas tristezas um só lamento
Insistir em ti
... É como jogar
Oferendas ao mar
Que engole cada palavra
Ou quem sabe
Carrega para as profundezas
Para a calma do desfrute
Ou mesmo devolve
Cuspindo à beira
Devolvendo indignada
Uma enxurrada de besteiras
Mas perdoa-me
Pelas faltas de acertos
Por esquecer palavras
Nos cantos dos becos
Por às vezes ser este oco
Como mato cortado por um louco
Tú que tanto és pra mim
Pelo que te sou tão pouco
SOMBRAS DE SUSPIROS
Adiante ao sereno veio a neblina
Pano de fundo p'ruma garoa constante e fina....
Adentra a noite atento à madrugada
Driblando o frio no espinhaço
Com o coração aquecido de lembranças
... Cães ladram rasgando o silêncio
Pensas em lobos uivando lamentos...
Saudade traduzida em lágrimas
Fundem-se aos pingos da chuva
Num quadro-disfarce acomodado
Como uma luva...
Palavras, sussurros, risos
Ecoam em teus ouvidos...
Cheiros, momentos e imagens
Compõem a noite viagem
Um vulto mulher parece delírio
Mas creia
São desejos que rondam
Em ondas de amor
E sombras de suspiros...
Taciana Valença
FRAGMENTS
I catch from you
So little fragments
Perhaps sparks
That you let escape
In an insane persistence
To omit yourself
I regret with sadness
That feel from me
Any interference
Like I could extract from you
Some secrecy
But respect
So kept and smart
Point of view
Just wanting to make you know
How I can be relief
Any time you want
At yours heights...
( Taciana Valença)
domingo, 29 de junho de 2014
ESTRANHEZA
Se é para escolher
deixe-me encolhida
debaixo dos lençóis
sob o travesseiro
onde guardo estranhezas
visões e sonhos
onde rompo mundos medonhos
e acarinho felicidades...
se é para escolher
deixe-me assim,
no meu vasto mundo,
vibrante, poético,
aterrorizante!
(Taciana Valença)
terça-feira, 17 de junho de 2014
ATÉ QUE A BANDA PASSE
Esperar a banda passar
Assim, sem pressa,
Sem expectativas -
Olhar da janela o fim da rua,
Onde qualquer novidade faça os olhos brilharem,
E que brilhem por pouco,
Sob fracas luzes,
Mas que iluminem teu olhar -
O olhar que busca além,
Que se comove com pouco,
Que sorrir quase que por nada,
Que chora comovido,
Ouve, muitas vezes, calado
Para não riscar de ódio o coraçao,
O olhar de compaixão,
Sim, é aquele que espera,
Espera a banda passar todos os dias,
E mesmo que não passe,
Que vê nas pedras simples
Um chão de alegria e esperança
(Taciana Valença)
sábado, 14 de junho de 2014
VESTÍGIOS
Havia ternura e autenticidade
Por baixo daquela tinta gasta,
Na rosa dentro da garrafa,
Na janela, entreaberta,
na toalha discreta,
E na quartinha;
Que sei, guarda almas,
Das goelas molhadas,
Dos engasgos de sorrisos,
Ah... esses vestígios,
Teimam em corromper-me,
Invadem, cutucam e querem contar,
Contar as contas, os episódios,
Das gargalhadas, do comadrismo,
Dos ódios...ópios -
Tantos tolos segredos,
Tantos fins num só enredo -
Conversas de calçada
Das caras limpas e desarmadas
Dos pés na grama molhada,
De esconde-esconde nos becos -
Saias rodadas, rubros rostos
Levados a sério,
pelos ventos de agosto -
Ah essa tinta gasta,
D'idos tempos que não bastaram
Guardados em resto,
na poeria sob o tapete,
Nos rabiscos dos bilhetes -
No gelado doce daquele sorvete
(Taciana Valença)
terça-feira, 10 de junho de 2014
sábado, 7 de junho de 2014
HORA DE IR
É chegada a hora de ir
Juntar palavras
Ditas em vão,
Nm jargão -
Um tiroteio
de perdidas balas
Que não matam
Atingem, enfraquecem...
Esmorecem
É chegada a hora de ir,
Juntar as palavras
Ditas em vão
Desrespeitar o coração
(Taciana Valença)
DESCRENTE
Peso sobre as costas
Lágrimas descrentes,
Perdem-se sob a chuva
Amigo que não crê
Vida que não se sente
Um olhar dormente
Uma palavra vazia
Jogada sem respeito
Na dúvida e seus efeitos
Solitário mundo turvo
Costas molhadas e frias
Coração encharcado e quente
Mundo doente
(Taciana Valença)
Por um descuido...
E se não há vida
É apenas coisa,
Coisa que se deixa de lado -
Que usa-se,
Como enfeite, como deleite;
Que fica lá, decorando
Pois não há nada que pulse
Muito menos que importe,
Então deixei-a morrer,
Acreditando sem vida
Sem sede,
Sem alma...
E assim deixei-a morrer,
A olhos vistos,
Num dia qualquer
Num vago perceber
(Taciana Valença)
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