quinta-feira, 3 de julho de 2014

NA TORCIDA!!!!!!!!!!!!!!!!

Homenagem ao teu dia

És alma que me foges a todo momento
Nas alegrias tão boba
Nas tristezas um só lamento
Insistir em ti
... É como jogar
Oferendas ao mar
Que engole cada palavra
Ou quem sabe
Carrega para as profundezas
Para a calma do desfrute
Ou mesmo devolve
Cuspindo à beira
Devolvendo indignada
Uma enxurrada de besteiras
Mas perdoa-me
Pelas faltas de acertos
Por esquecer palavras
Nos cantos dos becos
Por às vezes ser este oco
Como mato cortado por um louco
Tú que tanto és pra mim
Pelo que te sou tão pouco
Taciana Valença

SOMBRAS DE SUSPIROS





Adiante ao sereno veio a neblina
Pano de fundo p'ruma garoa constante e fina....
Adentra a noite atento à madrugada
Driblando o frio no espinhaço
Com o coração aquecido de lembranças
... Cães ladram rasgando o silêncio
Pensas em lobos uivando lamentos...
Saudade traduzida em lágrimas
Fundem-se aos pingos da chuva
Num quadro-disfarce acomodado
Como uma luva...
Palavras, sussurros, risos
Ecoam em teus ouvidos...
Cheiros, momentos e imagens 
Compõem a noite viagem
Um vulto mulher parece delírio
Mas creia
São desejos que rondam
Em ondas de amor
E sombras de suspiros...

Taciana Valença




FRAGMENTS 

I catch from you 
So little fragments 
Perhaps sparks 
That you let escape 
In an insane persistence 
To omit yourself 
I regret with sadness 
That feel from me 
Any interference 
Like I could extract from you 
Some secrecy 
But respect 
So kept and smart 
Point of view 
Just wanting to make you know 
How I can be relief 
Any time you want 
At yours heights...

( Taciana Valença)

domingo, 29 de junho de 2014

ESTRANHEZA


Se é para escolher
deixe-me encolhida
debaixo dos lençóis 
sob o travesseiro
onde guardo estranhezas
visões e sonhos
onde rompo mundos medonhos
e acarinho felicidades...
se é para escolher
deixe-me assim,
no meu vasto mundo,
vibrante, poético,
aterrorizante!

(Taciana Valença)

terça-feira, 17 de junho de 2014

ATÉ QUE A BANDA PASSE


Esperar a banda passar
Assim, sem pressa,
Sem expectativas -
Olhar da janela o fim da rua,
Onde qualquer novidade faça os olhos brilharem,
E que brilhem por pouco,
Sob fracas luzes,
Mas que iluminem teu olhar -
O olhar que busca além,
Que se comove com pouco,
Que sorrir quase que por nada,
Que chora comovido,
Ouve, muitas vezes, calado
Para não riscar de ódio o coraçao,
O olhar de compaixão,
Sim, é aquele que espera,
Espera a banda passar todos os dias,
E mesmo que não passe,
Que vê nas pedras simples  
Um chão de alegria e esperança


(Taciana Valença)

sábado, 14 de junho de 2014

VESTÍGIOS


Havia ternura e autenticidade
Por baixo daquela tinta gasta,
Na rosa dentro da garrafa, 
Na janela, entreaberta,
na toalha discreta,
E na quartinha;
Que sei, guarda almas,
Das goelas molhadas, 
Dos engasgos de sorrisos,
Ah... esses vestígios,
Teimam em corromper-me,
Invadem, cutucam e querem contar,
Contar as contas, os episódios,
Das gargalhadas, do comadrismo,
Dos ódios...ópios -
Tantos tolos segredos, 
Tantos fins num só enredo -
Conversas de calçada  
Das caras limpas e desarmadas
Dos pés na grama molhada,
De esconde-esconde nos becos -
Saias rodadas, rubros rostos
Levados a sério, 
pelos ventos de agosto -
Ah essa tinta gasta,
D'idos tempos que não bastaram
Guardados em resto,
na poeria sob o tapete, 
Nos rabiscos dos bilhetes -
No gelado doce daquele sorvete

(Taciana Valença)

terça-feira, 10 de junho de 2014

LUTO


A pior das perdas
É perder a si mesmo
Não há dor maior
Nem mais cruel peso

(Taciana Valença)

sábado, 7 de junho de 2014

HORA DE IR


É chegada a hora de ir
Juntar palavras
Ditas em vão,
Nm jargão -
Um tiroteio
de perdidas balas
Que não matam
Atingem, enfraquecem...
Esmorecem
É chegada a hora de ir,
Juntar as palavras 
Ditas em vão
Desrespeitar o coração

(Taciana Valença)



DESCRENTE


Peso sobre as costas
Lágrimas descrentes,
Perdem-se sob a chuva
Amigo que não crê
Vida que não se sente
Um olhar dormente
Uma palavra vazia
Jogada sem respeito
Na dúvida e seus efeitos
Solitário mundo turvo
Costas molhadas e frias
Coração encharcado e quente
Mundo doente

(Taciana Valença)



Por um descuido...

E se não há vida
É apenas coisa,
Coisa que se deixa de lado - 
Que usa-se, 
Como enfeite, como deleite;
Que fica lá, decorando
Pois não há nada que pulse
Muito menos que importe,
Então deixei-a morrer,
Acreditando sem vida
Sem sede,
Sem alma...
E assim deixei-a morrer,
A olhos vistos,
Num dia qualquer
Num vago perceber

(Taciana Valença)


EU MORO NUM VERSO (TACIANA VALENÇA)