domingo, 18 de junho de 2017

Soleira do tempo - Taciana Valença



Desenhou sobre a poeira da mesa e sentiu o passado na ponta dos dedos sujos. Não parecia ter passado tanto tempo quanto revelavam as extremidades das suas mãos. Canoa ao vento, sol a sol, definhando na soleira do tempo como a vó que se desfez na cama, assombrada pela vida. Um coma.

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EU MORO NUM VERSO (TACIANA VALENÇA)