Se colar no céu da tua boca
Certamente não serei só palavras.
Serei sabor, saliva, hálito, viço.
Ponta da língua acariciando dorso,
Quente conhaque ou cheirando a café,
Não saberia dos dias frios. Só poesia.
Agora, recolhida em tua boca,
Pasta cheirando a hortelã,
Acordando suave no bocejar do dia,
Talismã.
(Taciana Valença)
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