segunda-feira, 6 de junho de 2016

VIDA EM CORREDEIRA


Águas paradas...

Não gosto de águas paradas,
A não ser para agitar com braçadas
Brincadeiras e risos,

Gosto das águas que correm,
Das ondas que nos derrubam,
Das cachoeiras, corredeiras,
Dos redemoinhos
Cheios de exclamações!!!!!!

Pois vastas são minhas vestes,
Parar me confunde,
Atordoa, desabilita a viver,

Sou de escarlates recatos
Firmeza de caráter e movimento,
Desses que mexem o caldo da vida, 
Que dá sabor, cheiro e cor

Admiro gente, gente de verdade
Que aje como tal, 
Agarra-se à vida
Por ser esta, sua única saída

Choro por bobagem
Mas aguento firme o tranco
Pois não há reserva no banco

Gosto de inteligência
Essa que tem argumento, coerência
Entre o vulgar e a hipocrisia
Fico com o primeiro,
Gosto do autêntico

Não me admiro com nada
Povo que se veste de papel
Exibindo anel e com alma na lama
De desprezíveis falácias
Sem alegrias nem honra

Gosto das águas que correm
E de sangue que pulsa nas veias

(Taciana Valença)

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EU MORO NUM VERSO (TACIANA VALENÇA)