terça-feira, 25 de julho de 2017

ESCRÍNIO


Perambulo noite adentro,
No peito esse ermo -
Ecoando perguntas.
Driblando respostas;
Instáveis espasmos de loucuras
Sobre o peso da mala
Que de tão cheia já não carrego,
E ali, na solidão do que me coube ser
Cascavilho, mexo, vejo, revejo,
Tantos são os pesos....
E eu, que queria apenas uma mochila
E um caminho...
Tão simples
Repleto do que me preenche,
Sento-me e sinto-me....
Na tentativa de solver
O que não se dissolve,
Pássaros avisam o amanhecer -
Recolho-me, no recôndito de mim
A mala, esquecida no canto
Espera seu destino,
Olho para ela e vejo
Da vida, o escrínio



(Taciana Valença)

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EU MORO NUM VERSO (TACIANA VALENÇA)