segunda-feira, 24 de julho de 2017

OFERENDAS (Taciana Valença)


O tempo, a vida e seus efeitos,
Raros e únicos em cada leito,
O inaceitável é dono de si,
Questionar os porquês, por que?
Se estão tão acima de nós?
Será nossa a audácia, 
Ou a vida é que é deveras audaciosa?
Nos dá e nos cobra,
Como oferendas nos pede,
Nos toma;
Parecendo arrancar pedaço do peito –
Crianças, ficamos sem entender…
Por que? Por que? Por que …?
Assim evoluímos, chegamos perto
Do imenso e incógnito Universo
A dor que a lágrima empurra,
Se faz, se refaz, 
Até que branda seca na tez
Aquieta-se, se desfaz…
Há de se ter fé,
Há de se ter calma,
Acalentar as dores da alma,
Pois no final tudo fará sentido
Na paz tão doce dum adeus,
Quando se sabe dos breves sorrisos

(Taciana Valença)

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EU MORO NUM VERSO (TACIANA VALENÇA)