Não me obrigo a sorrir
por me cobrarem felicidade.
Prefiro lábios firmes, mesmo que tristes,
a sorrisos largos e vagos de vaidades...
Segue canção alternando dias,
muitas vezes a estação não escolho,
dias sem luz, noites sombrias,
em portas trancadas por ferrolho.
E se a alegria me cabe, sem mais,
assim, por um segundo que seja,
sem que pareçam tão formais,
sorrio e brindo feito princesa.
É que a vida resvala
nas mãos de um tempo escorregadio,
nos trancando na senzala
do imenso abismo do vazio.
(Taciana Valença)
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