Pela fresta da janela
entrara uma nesga de tristeza.
Esquisita sensação de trem perdido,
do abandono em fria estação.
O cachorro a desviar os olhos,
num absurdo entendimento sem palavras.
A vida partida em fatias,
poderia até jogar-lhe algumas.
Quem sabe se refastelasse
mordendo como ossos.
Estremecera com a ideia
deixando a gelatina derreter na boca.
Seria a lua azul e seus efeitos?
Ria e gritava: esse mundo irá nos matar!
O cão pulara no colo em alegria.
Abriu a champanhe ao novo dia.
(Taciana Valença)
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