quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

VAGABUNDO (a um amigo)



Mente sem teto
ou freio de pouso.
Um tanto sem canto,
desviando desencantos.
Mãos nos bolsos
de lenços úmidos.
Calçadas de vida,
eterna viagem.
Viva-mente vagabundo,
de anseios submundo.
Ah, quem me dera,
doutorar-me em teu mundo.
Este desmantelo engajado
a vasculhar o profundo.
Andarilho das letras,
das "cranianas cavernas".
Vagabundo!
A olhar pelas fendas
a sujeira do mundo!
Teu chão de terra reluz
sobre a poeira das togas.
Toque sonolento que
incomoda e nos acorda.
Vagabundo!
Quando vale um passeio
neste teu mundo?

 

Taciana Valença

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EU MORO NUM VERSO (TACIANA VALENÇA)