Não mangue da manga
que caiu no mangue,
da manga do menino
que rasgou a manga
da camisa velha
de manga rasgada
da pesca e da caça
do manjar da vida.
E a fome não tem graça
e seu ronco tem dentes.
Não mangue
do menino palafita
dos pés de xié,
que rasgou a manga
da camisa velha
pra pegar a manga
que caiu no mangue,
pra matar a fome.
Não, não mangue,
da boca que espera
a manga que bóia
na lama do mangue.
Taciana Valença
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