sexta-feira, 20 de março de 2015

A PORTA / DOOR


Quem dera tivesse  a chave dessa porta,
Podendo assim penetrar em teu mundo,
Abrir tuas gavetas, entender tua caligrafia,
Pensar como pensas, compreendendo quem és

Quem sabe encontraria a ampulheta,
E deste feito saberia então
Quantos grãos de areia me resta
Para que te conheça nesse nosso tempo

Em vão tento de segurar,
Mas tua ânsia te liberta de mim,
E eu fico sem chão, 
Pois não saber sobre ti me parte

E quem dera eu pudesse entender,
Saber por onde ir nesses caminhos tão teus
Às vezes tão silenciosos -
Mas perco-me, nesse olhar que me parte

E em pedaços minha alma chora,
Pelo tão perto que estais,
Mas pela lonjura do encontro,
Talvez seja meu destino, buscar-te, diariamente

Mas no fundo deve ter um sentido
Por isso buscarei a ti enquanto existir
 E conforto-me ao compreender
Que amo-te muito além de mim

(Taciana Valença)

DOOR

I wish I had the key to that door,
And thus can penetrate your world,
Open your drawers, understand your handwriting,
Think as you think, comprising those who are

Maybe find the hourglass,
And this done would know then
How many grains of sand left me
For know you that our time

In vain I try to hold,
But thy longing frees you from me,
And I get no floor,
For not know about you I part

And who I wish I could understand,
Knowing where to go these paths as your
Sometimes so quiet -
But I get lost in that look like part

And apart my soul cries,
By so close that you are,
But the remoteness of the meeting,
Maybe it's my destiny, get you daily

But deep down must have a sense
So seek to you as long as there
  And comfort me to understand
I love you so much but me


(Taciana Valencia)



Um comentário:

  1. Disse bem, sabe dizer, encantando e nos surpreendendo pelo tanto que sabe das sutilezas da alma humana...Essa poeta linda não tem limites em sua snatural superação !... BRAVO !!!

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EU MORO NUM VERSO (TACIANA VALENÇA)