Janela aberta, coração menino,
o cheiro do Jasmim, um mimo,
se aconchegando à noitinha,
quando o bolo vai saindo do forno
e os aromas se misturam.
Há risos na conversa vizinha,
um quê de doçura
em banco de praça,
onde o mundo perpassa
em solo de candura.
Rudes almas atravessam rentes
com ar de ceticismo,
de rijos dedos
cavando seus abismos.
No aconchego um convite,
e que se preencha de calmaria
os vazios das horas
e as ruas sombrias.
(Taciana Valença)
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