sexta-feira, 4 de agosto de 2017

CALOS DA VIDA





Desde que debulhar a vi
Entre sujas mãos,
Jogando cada grão
Como a parir –

Parindo a comida,
Entre suores e lágrimas,
Escrevendo suas páginas
Riscadas e sofridas

Eu boba, apertado coração
Calada olhava sua sina,
E era tão menina;
Em choro de emoção

Meu mundo era  um sim,
O dela um não parecia,
Calos em água de bacia;
Sempre sofria assim…

(Taciana Valença)





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EU MORO NUM VERSO (TACIANA VALENÇA)