quinta-feira, 10 de agosto de 2017

ENTREGA


Lá de baixo vi apenas a luz, penetrando entre as rochas.
Estava terrivelmente só, numa felicidade sem nome.
Pés descalços, jeans molhados, grudados no corpo. 
Cara e alma lavadas, pele arrepiada envolvendo o quente coração.
A chuva sim, sempre foi tudo, sempre foi plena, despojada, despejada sobre qualquer um; e me ofereci a ela na ânsia de que escorresse, confundindo-se com as lágrimas.
Ela escorria e me sorvia;
Eu lhe sorria...
(Taciana Valença)

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EU MORO NUM VERSO (TACIANA VALENÇA)