Alheia sim… Já tantos dias…
Quanto menos olhos e ouvidos
Tanto menos da vida duvido,
Vida servida em fatias…
Quem dera o olhar distante,
Anos luz, quem sabe,
Onde restaria só saudade,
E nem mais constante
Se misturam tantas vozes,
Na minha não mais
emoção,
Soltas enfim as mãos…
Em redemoinho de atrozes!
E nada há de ser para sempre
Tantas cores e formatos das gemas,
Que a vida enfim, gema…
Libertação, grito ardente!
Não sou mais tanto,
Quando um dia fui,
Apenas réstia de luz,
Em dia d’algum santo
Morrer então
No infinito de mim,
De dor nem tanto assim
Para que não tenha sido em vão
(Taciana Valença)
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